Marketplace ou loja virtual: o que escolher?

Por: admucom | 24/09/2019

E-Commerce

4 min de leitura

Se você deseja vender online e ainda não tem um e-commerce, investir nessa modalidade pode ser uma ótima opção. Porém, é preciso entender qual a dinâmica dos marketplaces e as regras de cada um dos canais para atingir os objetivos.

Os marketplaces têm se mostrado uma modalidade muito atrativa para os lojistas. Além de conectarem rapidamente produtos com um público já interessado, exigem menos conhecimento técnico, tornando-se um grande aliado de quem deseja poupar tempo e dinheiro.

Como funcionam os marketplaces?

Como um grande shopping online, os marketplaces são empresas que vendem tudo na internet. Entre os mais famosos marketplaces do Brasil estão a B2W (responsável pela Americanas, Submarino e Shoptime), além do Carrefour, Magalu (Magazine Luiza), entre outros.

A principal função do marketplace é conectar possíveis compradores a produtos. Por isso, o modelo de negócio tem se tornado uma fonte de receita para pequenos e médios empreendedores digitais e até para grandes varejistas.

Audiência garantida e alta visibilidade

Os grandes marketplaces do país têm audiência garantida. A B2W, por exemplo, recebe cerca de 4 milhões de visitas por dia. Essa audiência já consolidada dos marketplaces facilita que mais pessoas adquiram produtos de pequenos ou médios empreendedores.

Site já ranqueado no Google

Os grandes marketplaces já estão bem posicionados nas páginas de busca. Portanto, ao investir nessa plataforma, não será necessário investir em SEO ou ações de marketing para gerar tráfego. Uma oportunidade de poupar e até investir em outras áreas do e-commerce como: e-mail marketingGoogle ADS, etc.

Embora ter produtos atrelados com os marketplaces ofereça grandes benefícios para as marcas é preciso considerar também as desvantagens desse modelo de negócio, evitando assim surpresas a longo prazo.

Dificuldade no posicionamento de marca

Apesar dos marketplaces brasileiros garantirem conexão rápida entre produtos e compradores, a visibilidade gerada para a marca será quase zero.

Normalmente, os créditos pela boa experiência de compra permanecem com a plataforma e não com as lojas que realizam de fato a venda. É o que alerta Robinson Gregorato, CEO da agência digital Eficaz Marketing: “Muita gente nem se dá conta que está comprando um produto vendido e entregue por outra marca, ao contrário, acredita que está comprando direto dos marketplaces, sem ao menos notar a marca ali. Se o objetivo é tornar a marca conhecida, o caminho dos marketplaces é muito mais longo, será preciso investir em outras estratégias em paralelo com os marketplaces”.

Outro ponto negativo são as ferramentas disponíveis no mercado que facilitam o monitoramento dos concorrentes, produtos mais vendidos e até faturados. Essa realidade pode aumentar a concorrência e diminuir as conversões. 

Consequentemente, oscilações de faturamento e falta de controle sobre as vendas também dificultam um planejamento a longo prazo.

Taxas

Especialistas alertam sobre a importância de não depender somente do marketplace para vender online. As vendas atreladas aos marketplaces entregam uma porcentagem do valor pago para os detentores da modalidade. As taxas podem ser comparadas a um aluguel de uma loja física. E isso a longo prazo poderá pesar no bolso dos lojistas que utilizam o marketplace como um único canal de vendas.

Conexão entre marca e cliente

Considerado a base para toda estratégia de marketing, investir no relacionamento e criar uma conexão entre marca e público é algo fundamental nos dias atuais.

“Já tem muita gente anunciando e investindo em publicidade na internet, mas a habilidade de cativar e fidelizar através da experiência de compra ainda é raro! O empreendedor digital precisa iniciar sua jornada e compreender o funcionamento do processo de vendas como um todo, e não apenas embalar os pedidos” conclui Robinson Gregorato.

Enfim, trabalhar com marketplaces em paralelo a loja online é o mais indicado. Dessa forma, o empreendedor digital conseguirá administrar o negócio, ganhar a visibilidade que necessita para vender e investir cada vez mais na sua própria operação do e-commerce.

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